quarta-feira, 11 de março de 2009

um tostão da poesia de Paulo Dagomé



te amo com o fervor de um protestante
te amo com a cegueira de um mulçuma
com o radicalismo de um comuna
e a determinação de um burguês

e quero estar ao seu lado
ouvindo a chuva no telhado
quero ficar na sua frente
ouvindo sua prosa inteligente

e por cima
e por baixo
e por trás
e por dentro

no íntimo do âmago do centro

pois te amo como os abraões amam o velho testamento

eu te amo como jeannie amava o seu amo
te amo como um pigmeu à sua zarabatana
eu te amo como einstein amava seu microscópio
e eu te amo com o solo ama santana

poema de Paulo Dagomé na voz do próprio
e auxílio luxuoso de Máximo Mansur

1 comentários:

A poesia, a maravilhosa poesia, meu amigo, emana de cada verso do seu poema! Muito bom! E ainda mais quando versa sobre o amor. Eis ai um tema que jamais esgotará a sede de escrever que tanto nos impele. Um tema que não escolhe tempo, nem lugar. Basta sentir com o coração e escrever com a alma!

abraço.

Francisco Neri

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